APOLOGÉTICA CRISTÃ
GÊNESIS 1:1
"No princípio criou Deus o céu e a terra."
Quando
tratamos de um tema desses, um assunto principal vem à mente: se o universo
teve um Projetista (um projeto criado por uma inteligência superior) ou se ele
foi mero fruto do “acaso”. Logo em seguida, analisaremos se a
contra-argumentação ateísta baseada na macroevolução é ou não capaz de anular
as evidências do Universo que atestam para um Projetista inteligente, ou se
apenas servem para ainda mais fortemente confirmarem a existência de Deus no
processo. Não sou evolucionista, e os artigos sobre a teoria da evolução serão
abordados em temas mais específicos. O meu desejo aqui consiste, portanto, em
mostrar que ainda que
a evolução fosse verdadeira, isso não anularia em absolutamente nada o design inteligente; ao
contrário, como veremos mais adiante, serve apenas para confirmá-lo! Afinal,
você precisa ter bastante fé para ser darwinista. Você precisa acreditar que, sem qualquer intervenção inteligente:
1. Alguma coisa surgiu do nada (a origem do Universo);
2. A ordem surgiu do caos (o projeto do Universo);
3. A vida surgiu de matéria inorgânica (o que significa que a
inteligência surgiu da não inteligência e a personalidade surgiu da não
personalidade);
4. Novas formas de vida surgiram com base em formas de vida já
existentes, a despeito de evidências contrárias, como:
a) limitações genéticas;
b) mudanças cíclicas;
c) complexidade irredutível;
d) isolamento molecular;
e) não viabilidade das formas tradicionais;
f) o registro fóssil.
As
possibilidades físicas e matemáticas de que todo este processo fosse
perfeitamente guiado e perfeitamente ajustado através de um processo
não-inteligente (cego) ligado ao acaso, é de virtualmente zero – simplesmente
não existem possibilidades. Como bem declarou William Lane Craig, “se a evolução realmente ocorreu neste planeta, então foi
literalmente um
milagre!”. De qualquer modo, isso não é um argumento
para o ateísmo, muito pelo contrário, isto nos dá um bom suporte para afirmar
que Deus atuou durante o processo evolutivo (caso ele tenha realmente ocorrido,
o que é altamente improvável).
Sendo
assim, o argumento ateísta, ainda que fosse comprovado ser verdadeiro, estaria
muito longe de “colocar Deus de lado”, e muito menos de refutar todas as
evidências que temos do design
inteligente atuando para o fino ajuste do Universo para as
condições de vida inteligente na Terra. O Universo foi projetado com precisão
para criar o próprio ambiente que suporta as condições de vida em nosso
planeta. Um pequeno desvio em qualquer um dos inúmeros fatores ambientais e
físicos (que chamaremos de "constantes") impediria, até mesmo, que
existíssemos.
Primeiro,
iremos analisar algumas provas de que o Universo e tudo aquilo que nele existe
não foi por mera obra do acaso, mas teve um Projetista por trás de tudo. O
argumento está fundamentado da seguinte forma:
1- Todo projeto tem um projetista.
2- O Universo possui um conceito bastante complexo, atestando a
existência de um projetista.
3- Portanto, o universo teve um Projetista.
Para
isso, contudo, é preciso analisar se as premissas são verdadeiras. O Universo
realmente atesta para a existência de um projetista? É aí que entram os
“Princípios Antrópicos”:
OS PRINCÍPIOS ANTRÓPICOS:
São
muitas as provas no nosso próprio planeta de que existe um
"Projetista", um "Planejador" do universo. Vamos analisar
algumas delas:
Constante antrópica 1.
Nível de oxigênio. Aqui na Terra, o oxigênio responde a 21% da atmosfera. Este
número preciso é uma constante antrópica porque torna possível a vida no
planeta. Se o oxigênio estivesse numa concentração de 25%, poderia haver
incendios expontaneos. Se fosse de 15%, os seres humanos ficariam sufocados.
Constante antrópica 2.
Transparência atmosférica. Reflete os padrões perfeitos pelos quais o Universo
foi planejado, mostrando qualidades que são absolutamente essenciais para a
vida aqui na Terra. O grau de transparência da atmosfera é uma constante
antrópica. Se a atmosfera fosse menos transparente, não haveria radiação solar
suficiente sobre a superfície da Terra. Se fosse mais transparente, seríamos
bombardeados com muito mais radiação solar aqui embaixo (além da transparência
atmosférica, a composição da atmosfera, com níveis precisos de nitrogênio,
oxigênio, dióxido de carbono e ozônio, é, por si só, uma constante antrópica).
Constante antrópica 3.
Interação gravitacional entre a Terra e a Lua. Uma constante antrópica está
relacionada à interação gravitacional que a Terra tem com a Lua. Se essa
alteração fosse maior do que é atualmente, os efeitos sobre as marés dos
oceanos, sobre a atmosfera e sobre o tempo de rotação seriam bastante severos.
Se fosse menor, as mudanças orbitais provocariam instabilidades no clima. Em
qualquer das situações, a vida na Terra seria impossível.
Constante antrópica 4.
Nível de dióxido de carbono. Aqui na Terra a atmosfera terrestre mantém o nível
correto de dióxido de carbono. Essa é outra constante antrópica. Se o nível de CO2 fosse mais
alto do que é agora, teríamos o desenvolvimento de um enorme efeito estufa
(todos nós seríamos queimados). Se o nível fosse menor, as plantas não seriam
capazes de manter uma fotossíntese eficiente (todos nós ficaríamos sufocados).
Constante antrópica 5.
Gravidade. Sua força pode ser impressionante, mas não poderia ser em nad
diferente para que a vida existisse no planeta. Se a força gravitacional fosse
alterada em 0,00000000000000000000000000000000000001 por cento, nosso Sol não
existiria e, portanto, nós também não. Isso é o que é precisão!
O alcance da precisão do Universo faz o princípio antrópico ser
talvez o mais poderoso argumento para a existência de Deus. Não se trata de
simplesmente haver algumas constantes definidas de maneira bem aberta que
talvez tenham aparecido por acaso. Não. Existem mais de cem constantes
definidas com bastante que apontam definitivamente para um Projetista
inteligente. Já identificamos cinco delas. Vejamos outras dez:
1. Se a força
centrífuga do movimento planetário não equilibrasse precisamente as forças
gravitacionais, nada poderia ser mantido numa órbita ao redor do Sol.
2. Se
o Universo tivesse se expandido numa taxa um milionésimo mais lento do que o
que aconteceu, a expansão teria parado, e o Universo desabaria sobre si mesmo
antes que qualquer estrela pudesse ser formada. Se tivesse se expandido mais
rapidamente, então as galáxias não teriam sido formadas.
3. Qualquer
uma das leis da física pode ser descrita como uma função da velocidade da luz
(agora definida em 299.792.458 m por segundo). Até mesmo uma pequena variação
na velocidade da luz alteraria as outras constantes e impediria a possibilidade
de vida no planeta Terra.
4. Se os níveis
de vapor d'água na atmosfera fossem maiores do que são agora, um efeito estufa
descontrolado faria as temperaturas subirem a níveis muito altos para a vida
humana; se fossem menores, um efeito estufa insuficiente faria a Terra ficar
fria demais para a existência da vida humana.
5. Se
Júpiter não estivesse em sua rota atual, a Terra seria bombardeada com material
espacial. O campo gravitacional de Júpiter age como um aspirador de pó cósmico,
atraindo asteróides e cometas que, de outra maneira, atingiriam a Terra.
6. Se
a espessura da crosta terrestre fosse maior, seria necessário transferir muito
mais oxigênio para a crosta para permitir a existência de vida. Se fosse mais
fina, as atividades vulcânica e tectônica tornariam a vida impossível.
7. Se
a rotação da Terra durasse mais que 24 horas, as diferenças de temperatura
seriam grandes demais entre a noite e o dia. Se o período de rotação fosse
menor, a velocidade dos ventos atmosféricos seria grande demais.
8. A
inclinação de 230 do eixo da Terra é exata. Se essa inclinação se
alterasse levemente, a variação da temperatura da superfície da Terra seria
muito extrema.
9. Se
a taxa de descarga atmosférica (raios) fosse maior, haveria muita destruição
pelo fogo; se fosse menor, haveria pouco nitrogênio se fixando no solo.
10. Se
houvesse mais atividade sísmica, muito mais vidas seriam perdidas; se houvesse
menos, os nutrientes do piso do oceano e do leito dos rios não seriam
reciclados de volta para os continentes por meio da sublevação tectônica (sim,
até mesmo os terremotos são necessários para sustentar a vida como a
conhecemos!).
O astrofísico Hugh Ross calculou a probabilidade de que essas e
outras constantes – 122 ao todo – pudessem existir hoje em qualquer outro
planeta do Universo por acaso (i.e, sem um projeto Divino). Partindo da ideia
de que existem 10 elevado a 22 planetas no Universo (um número bastante grande,
ou seja, um número 1 seguido de 22 zeros), sua resposta é chocante: uma chance
em 10 elevado a 138, isto é, uma chance em 1 seguido de 138 zeros! Existem apenas
10 elevado a 70 átomos em todo Universo. Com efeito, existe uma chance zero de
que qualquer planeta no Universo possa ter condições favoráveis de vida que
temos, a não ser que exista um Projetista inteligente por trás de tudo!
Bota fé para ser ateu! Essa fé cega dos ateus revela que a
rejeição de um Projetista não é um problema de cabeça - não se trata de termos
falta de provas ou de justificativa intelectual para a existência de um
Projetista. Ao contrário, a evidência é impressionante. O que temos aqui é um
problema de vontade - apesar das provas, algumas pessoas simplesmente não
querem admitir que existe um Projetista. De fato, um crítico do princípio
antrópico admitiu ao New York Times que sua verdadeira objeção era
"totalmente emocional" porque "tem cheiro de religião e projeto
inteligente". Isso é demais para a objetividade científica.
QUAL A VERDADEIRA IMPORTÂNCIA DA IDADE DO UNIVERSO?
Embora
certamente a idade do Universo seja uma questão teológica interessante, a
questão mais importante não é quando
o Universo foi criado, mas que
ele foi criado. Como vimos, o Universo explodiu e passou a existir do nada,
tendo sido adaptado com precisão para suportar a vida na Terra. Uma vez que
este Universo — incluindo o contínuo espaço-tempo — teve início, isso exige a
existência de um Iniciador, independentemente de quanto tempo atrás esse início
tenha acontecido. Do mesmo modo, uma vez que este Universo é planejado, ele
exigiu a presença de um Projetista, independentemente de quanto tempo atrás
tenha sido projetado.
Podemos
debater quanto duraram os dias do Gênesis ou se as pressuposições que são
feitas nas técnicas de datação são válidas. Contudo, quando o fizermos,
precisamos ter certeza de não obscurecer a questão mais ampla que é o fato de
essa criação exigir a presença de um Criador. O apologeta cristão
norte-americano William Lane Craig expôs isso com perfeição durante o debate
com Christopher Hitchens (o que não deveria ser chamado de “debate”, mas sim de
verdadeiro “massacre”!), dizendo:
Por último,
vamos dar uma olhada nas evidências com outra questão em mente: como seria uma
evidência favorável à criação (projeto inteligente) se considerada verdadeira?
Que tal essas alternativas?:
- Um Universo que tenha explodido e passado a existir do nada.
- Um Universo com cerca de cem constantes finalmente ajustadas e capacitadoras da vida neste pequeno e remoto planeta chamado Terra.
- Vida que:
- a) por meio de observação, surgiu apenas com base em vida existente (nunca se observou que ela tenha surgido de maneira espontânea);
- b) consiste em milhares e até mesmo milhões de volumes de complexidades específicas empiricamente detectáveis (e é, portanto, mais do que simplesmente os elementos químicos inanimados que ela contém);
- c) muda de maneira cíclica e somente dentro de um limite definido; não pode ser construída ou modificada gradualmente (i.e., é irredutivelmente complexa);
- d) possui isolamento molecular entre tipos básicos (não existe progressão ancestral no nível molecular);
- e) deixa um registro fóssil de criaturas plenamente formadas que aparecem repentinamente, não mudam e que, então, desaparecem repentinamente.
Uma olhada
honesta para os fatos sugere que a existência de um Projetista inteligente é –
com ou sem “evolução” - verdadeira. Como vimos, os ateus precisam trabalhar
realmente duro para não chegar a essa conclusão óbvia. É por isso que eles
precisam ter muito mais fé do que nós.
-----------------------------------------------------------------
Por: Nielson Lopes
e Lucas Banzoli.
Fontes
consultadas: -Livro: “Não tenho fé suficiente para ser ateu” [Norman
Geisler e Frank Turek].
-Debate
entre William Lane Craig vs Christopher Hitchens, na Universidade de Biola
(EUA), em 2009.
ConversionConversion EmoticonEmoticon